Hoje quero falar sobre algo pouco comentado, mas experienciado por pessoas que sofrem de dor crônica. A falta de informação, o excesso de cobrança, os estigmas e preconceitos afetam de forma negativa muitas pessoas que sofrem dessas condições. Com pacientes que apresentam lombalgia crônica não é diferente e separei alguns pontos para conversarmos.

1.  A desconfiança se a pessoa tem mesmo a dor.

A lombalgia não é visível externamente, o que pode levar algumas pessoas a duvidar da gravidade e da autenticidade da dor experimentada pelos indivíduos com esse quadro. Isso pode resultar em falta de empatia e apoio adequado.

2. Percepção de preguiça ou fraqueza

Sim, isso acontece. Muitas pessoas associam a incapacidade de realizar tarefas físicas a preguiça, moleza ou fraqueza. São julgamentos negativos que levam as pessoas com lombalgia a se sentir estigmatizadas, incompreendidas e desvalorizadas.

3. Expectativas irrealistas de recuperação rápida

Algumas pessoas podem acreditar que a lombalgia é uma condição temporária que pode ser facilmente superada com descanso ou medicamentos simples. No entanto, a lombalgia crônica pode ser uma condição debilitante e duradoura, que exige um tratamento específico e cuidados contínuos.

4. Risco de discriminação no local de trabalho

As dificuldades em cumprir tarefas físicas e o risco de serem considerados menos produtivos afetam negativamente a carreira e a autoestima de quem convive com a lombalgia crônica. Além disso, em alguns casos a dor pode levar ao afastamento no trabalho, e esses indivíduos podem ser incompreendidos por parte dos empregadores e colegas.

É importante desafiar e combater esses estigmas, pois eles podem causar danos emocionais e psicológicos significativos às pessoas que vivem com lombalgia. A conscientização e a educação sobre a lombalgia desempenham um papel crucial na superação desses estigmas, promovendo mais empatia, incentivando o tratamento adequado e fornecendo apoio às pessoas que sofrem com essa condição. Além disso, encorajar a comunicação aberta e a sensibilização no local de trabalho pode ajudar a criar um ambiente mais inclusivo e acolhedor para os indivíduos com lombalgia.

Dr. Rafael Barreto – CRM/SP 122.568