Iogurte faz bem para os ossos

Quem nunca escutou dos pais e/ou avós o famoso conselho: “Você tem que tomar leite para crescer com ossos fortes”? É verdade que muitas crenças populares não passam de crenças, mas a relação do leite com a saúde óssea é alvo de estudo da ciência há muitos anos.

É verdade que, com a popularização de estratégias nutricionais, muitas pessoas passaram a temer esse alimento, que embora não seja para todos (uma vez que algumas pessoas possuem alergia), é rico em nutrientes importantes para a nossa saúde, sobretudo dos ossos. Bom, o meu intuito aqui não é debater sobre a polêmica do leite, mas contar para você a descoberta de um estudo realizado na Irlanda que avaliou 4.310 pessoas acima de 60 anos.

Na pesquisa, os indivíduos foram questionados sobre hábitos alimentares, prática de exercícios físicos e outros aspectos ligados ao estilo de vida. Além disso, os pesquisadores mediram alguns índices dos participantes, como densidade óssea e desgaste articular. Ao final do estudo e diante da comparação dos dados dos pacientes que consumiram iogurte todos os dias com os que não o ingeriram, constatou-se que a densidade óssea era mais preservada entre as pessoas que aderiram ao iogurte – o mesmo foi observado na questão do desgaste articular. Diante disso, os cientistas concluíram que o iogurte é um alimento que ajuda a prevenir osteoporose e outras enfermidades ósseas relacionadas ao envelhecimento.

“Mas todo iogurte tem esse benefício?” 

Vale lembrar pessoal que este é apenas um dos alimentos que podem auxiliar na manutenção da integridade óssea, porém, se você não tiver bons hábitos, de nada adiantará consumir um produto isolado; é um conjunto de fatores, de hábitos, que te tornam mais saudável. E mais, é preciso escolher bem o iogurte, pois sabemos que existem versões deliciosas, mas pouco saudáveis. Aqui vão algumas dicas:

  • Prefira iogurte natural: não tem açúcar e outros aditivos químicos;
  • Versões desnatadas e semidesnatadas são boas escolhas, com baixo teor de gordura.

Converse com um especialista para adequar ao seu caso.

 

Dr. Rafael Barreto – CRM 122.568

*Estudo: Laird, E., Molloy, A.M., McNulty, H. et al. Osteoporos Int (2017) 28: 2409.