Infância

O crescimento da coluna vertebral

Não é por acaso a preocupação latente com a saúde da coluna durante a infância. Do início do seu desenvolvimento, que se inicia na gestação, até a sua formação completa aos 25 anos idade, observar pequenos sinais e/ou deformidades pode significar um diagnóstico precoce e consequentemente mais chances de corrigir o problema antes da fase adulta.

Outra variável que tem pesado na realidade das crianças atualmente são os hábitos herdados, em que o contato exagerado com as facilidades tecnológicas forma uma criança e adolescente sedentários. E o sedentarismo sempre vem acompanhado de má postura e desconforto, causa frequente de queixas de dores na coluna durante a infância.

Durante os períodos de estirões a atenção precisa ser redobrada: essa fase pode agravar os sintomas provocados por malformações nas vértebras e doenças sem causa aparente (escoliose idiopática).

Mas é claro que existem condições que afetam a saúde da nossa coluna que podem ser evitadas desde cedo. Vamos conhecer algumas medidas simples?

Mochila pesada: um dos fatores que contribui para o surgimento de lesões na região cervical, torácica, lombar e nos ombros. A dica é que a bolsa não ultrapasse 10% do peso corporal da criança quando não for possível optar pelas versões em rodinhas.

Obesidade: as consequências da obesidade infantil são muitas – e com a saúde da coluna não é diferente. O excesso de peso pode sobrecarregar a região lombar e implicar alterações posturais. Além disso, o sobrepeso pode contribuir para a má formação das pernas e pés.

Calçados errados: é durante a infância que a cartilagem e a musculatura dos pés se desenvolvem – e sapatos desconfortáveis podem interferir nesse processo.

Má postura: um dos principais motivos do surgimento de dores nas costas de crianças, a postura é uma questão de hábito e talvez por isso seja um dos problemas mais difíceis de mudar.

Em outras palavras, cuidar da saúde da coluna vertebral desde cedo é o primeiro passo para se tornar um adulto mais saudável.

Dr. Rafael Barreto