Qual a relação?
A sensação de liberdade, a superação a cada quilometro e a possibilidade de poder treinar dentro ou fora da academia são alguns pontos que fazem da corrida um esporte cada vez mais popular.
Diferente de algumas modalidades, a corrida não exige uma habilidade específica, mas isso não significa que não precisa de um bom preparo físico e um trabalho multidisciplinar para deixar possíveis lesões para trás.
Você já deve ter lido sobre alguns quadros comuns no esporte, como tendinite patelar, fascite plantar, fraturas por estresse, entre outros. Mas o que muitos não sabem é que a lombalgia (dor na lombar) é uma das principais queixas entre os corredores. Vamos entender o motivo?
Bom, a primeira coisa que precisamos ter em mente é: a corrida é uma atividade física que depende da ação da musculatura do tronco para manter o corredor com uma postura correta. Além disso, a coluna lombar funciona como uma ponte de transmissão de forças entre os membros inferiores e tronco, exercendo movimentos básicos de flexão, extensão e rotação.
Quando os músculos não estão devidamente alongados para permitir uma amplitude total do movimento do tranco e quadril, o atleta pode sofrer mínimas lesões por estiramento e espasmo muscular. Em outras palavras, a dor, nesse caso, ocorre por um problema mecânico. Mas não para por aí, existem alguns fatores que podem influenciar nesse quadro. Vamos conhecer alguns?
- Desequilíbrio das forças entre grupos musculares flexores e extensores do tronco;
- Cargas repetidas ou excessivas na lombar;
- Vícios de postura durante a corrida;
- Menor flexibilidade do tronco e membros inferiores;
- Intervalos curtos de descanso entre treinos;
- Fadiga muscular;
- Aumento do treinamento;
- Treino em pisos rígidos combinado a tênis inadequado.
A boa notícia é que é possível prevenir com medidas básicas, como alongamento executado da forma correta, exercícios de fortalecimento que envolvam a musculatura paravertebral, pélvica e CORE e avaliação biomecânica da corrida.
Resumindo: um trabalho multidisciplinar, que compreenda profissionais de diferentes áreas, não só previne lesões como também influencia positivamente na performance do atleta.