Um diagnóstico sem cura?
Há alguns posts, falei no meu Instagram sobre essa patologia que, embora não seja rara, não tem cura. Mas veja bem, não ter cura não é sinônimo de sentença, de que o paciente jamais deixará de sentir dores incapacitantes. É por isso que hoje falaremos um pouco sobre a doença e seus possíveis tratamentos. Vamos lá?
Simplificando, a espondilolistese se trata de um quadro no qual uma vértebra escorrega sobre a outra que se encontra abaixo, o que provoca um desalinhamento, causando uma instabilidade na coluna vertebral. Quando esse deslocamento tem um grau maior, ocorre uma compressão nas raízes do nervo no local afetado, causando dor.
“Mas o que causa esse quadro, doutor?”. Bom, a principal causa é a degeneração dos discos, comum no envelhecimento. No entanto, existem alguns fatores que podem influenciar, como traumas por quedas e acidentes, estresse por trauma de repetição, fratura na parte posterior da coluna, entre outros.
Dessa forma, a conduta do especialista dependerá da causa, local afetado, grau e tipo. Sim, existem tipos diferentes de espondilolistese. Vamos conhecer alguns?
- Displásica: de natureza congênita, atinge a parte superior do sacro ou do arco da L5 (quinta vértebra lombar);
- Ístmica: por fratura no istmo vertebral;
- Degenerativa: devido à degeneração do disco relacionada ao processo natural de envelhecimento;
- Traumática: decorrente de algum tipo de trauma na coluna vertebral;
- Patológica: como resultado de uma patologia da coluna.
Além disso, existem graus de escorregamento, sendo que apenas nos graus mais acentuados e que não respondem à abordagem convencional, a cirurgia é indicada.
Os sintomas também dependerão do nível de escorregamento, mas, em geral, eles costumam ser:
- Dor lombar;
- Dor irradiada (dor ciática);
- Dor nas pernas ao caminhar;
- Formigamento;
- Encurtamento dos músculos posteriores das pernas;
- Perda de força e coordenação dos movimentos;
- Incapacidade de andar.
Aí vem aquela pergunta que não quer calar: “Existe tratamento?”. Para a maioria dos casos, ele costuma ser convencional, através do uso de medicamentos anti-inflamatórios combinado a exercícios fisioterapêuticos. Já para casos mais graves, existem dois métodos utilizados: a artrodese e a infiltração epidural para bloqueio de dor.
Você tem ou conhece alguém que sofre com a patologia? Conte sua experiência ou tire sua dúvida nos comentários. Até a próxima!