Fibromialgia

Vamos falar sobre?

Condição que afeta milhões de pessoas, principalmente mulheres, a fibromialgia pode, além do sofrimento físico, acarretar problemas emocionais. Por outro lado, ao contrário do que se pensava, a patologia não é causada por uma desordem psíquica.

Mas como um paciente é diagnosticado? Bom, antes de mais nada, te convido a entender um pouco sobre o que é e quais as possíveis causas da fibromialgia. Vamos lá?

Caracterizada por um dor muscular generalizada e crônica, a fibromialgia consiste em dezoito pontos sensíveis localizados nas regiões do pescoço, cotovelos, tórax, costas, quadris, nádegas e joelhos. Essas áreas com mais sensibilidade são bem pequenas, porém, tão delicadas que basta a pressão de um dedo para que se inflamem de dor.

Ainda que existam algumas hipóteses e causas prováveis para a fibromialgia, a verdade é que pouco se sabe sobre ela, o que torna o tratamento – embora possível – um desafio.

Se antes, como já mencionei, essa condição era considerada um distúrbio mental, hoje os cientistas acreditam que sua origem seja multifatorial, afetando alguns sistemas e se correlacionando com outras patologias, como a depressão.

Pesquisadores acreditam que mudanças no sistema nervoso autônomo (ativado pelo estresse) e no sistema endócrino (que libera hormônios em resposta ao estresse) provocam dores generalizadas e crônicas associadas à fibromialgia. Neste raciocínio, um sistema nervoso autônomo superativo estimula a liberação excessiva de hormônios, que por sua vez, sensibilizam os receptores de dor, provocando sensibilidade.

Mas não para por aí. A fibromialgia pode estar ligada a fatores diversos, como: trauma físico ou emocional, genética, infecções bacterianas, anormalidades de ordem estrutural, fluxo sanguíneo anormal, entre outros.

A esta altura, você deve estar se perguntando: “Como é feito o diagnóstico?”. Bom, existem certos sintomas que podem guiar um diagnóstico. Que tal conhecermos alguns?

Pontos sensíveis: uma das maneiras mais comuns de se diagnosticar pacientes com fibromialgia é verificando se há sensibilidade em pelo menos 11 dos 18 pontos sensíveis.

Dor generalizada: infelizmente a dor não se limita apenas aos pontos sensíveis. Podem se estender por grande parte do corpo, afetando os músculos e muitas vezes limitando os movimentos.

Fadiga: frequentemente relatado em fibromiálgicos, a sensação de cansaço intenso, não após um longo dia de trabalho, mas até ao acordar, é um sintoma bem comum e que é relacionado com a síndrome da fadiga crônica.

Infelizmente, com tantos aspectos que ainda precisam ser elucidados sobre a fibromialgia, não se pode falar em cura, mas existem muitas alternativas de tratamentos que podem devolver a qualidade de vida do paciente.

Lembre-se: viver com dor não é normal, não deixe de procurar um médico.