Saiba mais sobre essa síndrome

Provavelmente você já deve ter ouvido falar desse termo que, embora não seja novo, tem sido mais debatido nos últimos anos. “Mas, afinal, o que é dor facetária?”.

Bom, as facetas articulares são pequenas articulações que conectam as vértebras na parte posterior da coluna e sua principal função é proporcionar estabilidade rotacional. Assim como as demais articulações do corpo, as facetas podem originar dor por processos de desgaste articular (artrose facetária) ou por estados inflamatórios. É importante dizer esse desgaste das articulações facetárias nada mais é que um processo natural do envelhecimento, cujo nome é dor ou síndrome facetária.

Quais são os sintomas?
Tanto a região cervical quanto a lombar são mais comumente afetadas pela síndrome, de modo que os sintomas se diferem de acordo com o local lesionado.

Cervical

  • Dor no nível do pescoço e escápulas;
  • Pode irradiar para os ombros;
  • A dor pode piorar com o movimento de extensão, rotação do pescoço e durante a palpação do local.

Lombar

  • Dor lombar;
  • Pode irradiar até os posteriores de coxa;
  • A dor piora com a hiperextensão e rotação da coluna, podendo melhorar com a flexão da mesma.

Diagnóstico: após uma criteriosa avaliação clínica, incluindo histórico do paciente, o especialista irá confirmar os resultados clínicos com exames de imagens, como a ressonância. E aquela pergunta que não quer calar: “Existe tratamento?”.

Embora não possamos falar em cura para desgaste articular, existem tratamentos conservadores que podem melhorar a qualidade de vida do paciente. Vamos conhecer alguns?

Infiltrações: por meio de uma agulha, aplicam-se medicações anestésicas e inflamatórias no local acometido. O objetivo aqui é proporcionar um alívio temporário dos sintomas, ainda que o tempo de duração possa ser longo (dependendo de cada caso).

Denervação facetária: tema que já foi post lá no Instagram, a denervação facetária é uma técnica minimamente invasiva, em que um eletrodo em forma de agulha é colocado nos pequenos nervos que transmitem dor nas articulações desgastadas. Esses eletrodos, por sua vez, são ligados a um aparelho de radiofrequência que produz uma quantidade controlada de energia, fazendo a coagulação desses nervos. Esse processo anestesia as articulações dolorosas. Outro ponto importante é que esta é uma técnica percutânea, dispensando a necessidade de internação do paciente.

Artrodese mini-open: técnica minimamente invasiva indicada aos pacientes que possuem a síndrome e apresentam instabilidade.

Não se esqueça: essas informações não substituem a necessidade de uma avaliação médica. Aos primeiros sintomas, procure um ortopedista especialista em coluna.