Um raio-x da patologia
Quando olhamos de frente, a coluna vertebral pode parecer reta, mas, de lado, é possível notar que ela tem curvaturas em toda a sua extensão: a lordose cervical na região do pescoço, cifose torácica (tórax), a lordose lombar e na cintura a cifose scrococcígea. Juntas, estas curvaturas dão o aspecto de S à coluna.
Dessa forma, nossa coluna possui curvaturas naturais, por outro lado, em graus mais levados, ela pode sinalizar um desvio postural. Quando esses desvios têm um aumento excessivo e atingem um ângulo superior a 60º na cervical, ou entre 40º e 60º na lombar, passam a ser uma hiperlordose.
É importante dizer que, no início e em grau leve, o paciente não apresenta sintomas, mas, a longo prazo, pode sofrer com dores nas costas, em especial na região lombar, o que afeta a saúde da coluna e prejudica tanto o alinhamento quanto a mobilidade cervical.
“Mas o que causa a hiperlordose, doutor?”
Bom, há diversas causas, mas entre as principais estão: má postura, obesidade, sedentarismo, prática inadequada de exercícios físicos, uso constante de sandálias muito altas, fatores genéticos, osteoporose, artrite, traumas, flacidez muscular, entre outras.
O diagnóstico é feito por meio de uma avaliação criteriosa de um especialista, tanto clínica quanto por meio de exames de imagens. Essa análise é fundamental para que se encontre a melhor conduta terapêutica para cada caso.
E por falar de tratamento, bom, na maioria das vezes ele é conservador, isto é, sem necessidade cirúrgica, com o objetivo de impedir a progressão da curva, aliviar os sintomas e recuperar as funções da coluna.
“E como evitar?”
Quando falamos em prevenção, mudança de hábitos é palavra de ordem. Cuide da sua alimentação, pratique exercícios (sempre com orientação), opte por modalidades que favoreçam o fortalecimento muscular. Cuidado com o uso excessivo de salto alto e sempre tenha muita atenção ao manusear objetos muito pesados. E, por último, nunca se automedique, procure um especialista!