Encontre o “match” perfeito

Cá entre nós: acordar com dor ou rigidez na coluna é uma forma nada boa de começar o dia. E quando essa sensação vira rotina, não há bom humor que salve, não é mesmo?

Como sempre digo por aqui, a dor nunca é normal e deve sempre ser investigada. Mas a verdade é que, quando falamos em coluna, a maior parte dos casos é evitável. Um exemplo? O colchão que você dorme.

Como assim? Eu explico: a falta de apoio de um colchão reforça a má postura e prejudica o sono, favorece tensões musculares, não ajuda a manter a coluna alinhada e, assim, contribui para uma dor lombar.

 

“Ok, doutor, então como posso escolher o melhor colchão para dor nas costas?”

Acredite, eu sei que a variedade de modelos e tecnologias no mercado de colchões faz com que a tarefa de eleger o ideal se torne ainda mais complexa. É por isso que hoje vou apresentar algumas orientações práticas que vão auxiliar nessa escolha, principalmente em pacientes com lombalgia. Vamos em frente?

 

Suporte espinhal máximo: apesar do nome parecer complexo, ele na verdade refere-se a algo bastante simples. Ao deitar-se, o seu corpo precisa ficar nivelado com apoio contínuo e contato completo da superfície de forma uniforme, distribuindo assim o peso corporal para aliviar o estresse da coluna vertebral.

 

Firme ou macio? Se for muito macio, por mais confortável e aconchegante que ele aparente ser, pode criar uma superfície irregular. O mesmo vale para o modelo demasiadamente firme. É uma questão de sentir: se a firmeza parece atenuar a sua dor, por exercer muita pressão, opte por uma versão um pouco mais macia. Confuso? Isso é porque não é existe uma medida exata, uma vez que cada paciente sentirá mais ou menos conforto nas variadas opções de colchão.

Rotação: é aconselhável, vez ou outra, girar o colchão no sentido horário (da cabeça para o pé) ou virar de cabeça para baixo. Assim, ele mantém conforto e apoio, desgasta uniformemente e não afunda em um determinado canto. Um colchão com desgaste localizado faz com que o corpo afunde no colchão de forma desigual, podendo irritar as articulações da coluna vertebral e agravar a dor ciática.

 

Ortopédicos: costumam ser feitos com 1.000 molas individuais ensacadas dentro do tecido. Cada mola age de forma independente para permitir que os contornos do corpo sejam suavemente suportados. Essa quantidade de molas só precisa ser maior para indivíduos que pesem mais de 190 quilos.

 

Espuma de memória: a densidade da espuma é muito importante. Espuma de alta densidade fornece apoio máximo e ótimo alinhamento espinhal, espuma de densidade média oferece menos contorno do corpo, enquanto a espuma de baixa densidade é a menos eficaz do que as anteriores.

 

Longevidade: a verdade é que não há duração de vida padrão para um colchão, tudo depende do tipo de uso. Se você está acordando com sintomas dolorosos, por exemplo, pode ser um sinal de que necessita de um novo colchão. De uma forma geral, sugere-se que a maioria dos colchões sejam substituídos aproximadamente de 7 a 10 anos após a compra.