A coluna vertebral é uma estrutura dinâmica projetada para o movimento. No entanto, o estilo de vida sedentário imposto pela rotina contemporânea, com longos períodos em frente a computadores ou celulares, leva a um aumento significativo de dores na coluna. Neste artigo, quero te lembrar os motivos pelos quais a falta de movimento faz mal para a saúde da sua coluna.

Quando você não se movimenta, isso compromete a musculatura estabilizadora da coluna, incluindo os músculos paravertebrais, abdominais e da região do quadril. Esses grupos musculares desempenham papel essencial na distribuição equilibrada das forças que atuam sobre a coluna. Quando enfraquecidos, o suporte estrutural é prejudicado, aumentando o risco de sobrecarga mecânica, lesões e dor crônica.

Além disso, a inatividade física reduz o fluxo sanguíneo afetando diretamente a nutrição dos discos intervertebrais e comprometendo sua capacidade de absorver impactos.

Outro aspecto crítico está na manutenção de uma postura inadequada, comum em pessoas que passam muitas horas sentadas. A coluna curvada e a má posição da cabeça e dos ombros geram tensões excessivas nas articulações, ligamentos e discos intervertebrais. Com o tempo, essa sobrecarga pode contribuir para o desenvolvimento de condições como protrusões discais, hérnias de disco e até artroses.

Uma solução para prevenir esses danos está em incluir o movimento ao longo do dia. Breves períodos de alongamento, pausas para caminhar e exercícios específicos para fortalecer a musculatura de suporte são estratégias eficazes. Além disso, a ergonomia no ambiente de trabalho ou doméstico é fundamental para reduzir as forças de compressão exercidas sobre a coluna.

Para aqueles que já apresentam dor, a avaliação de um especialista em coluna é essencial. A abordagem diagnóstica e terapêutica individualizada permite identificar as alterações estruturais e musculares associadas ao sedentarismo e definir intervenções eficazes, que podem incluir fisioterapia, reabilitação funcional e, em casos específicos, procedimentos minimamente invasivos.

Manter-se em movimento não é apenas uma questão de prevenir dores, é um investimento na longevidade funcional da coluna vertebral. Lembre-se que iniciar mudanças no estilo de vida agora pode ser determinante para preservar a qualidade de vida no futuro.

Dr. Rafael Barreto – CRM/SP 122.568