O que são?

Bom, resolvi trazer esse tema à tona pois ele tem sido bastante debatido no universo fitness, principalmente por profissionais da área. Do ponto de vista estético, fala-se muito como esses desvios podem atrapalhar a resposta do glúteo e posteriores de coxa pela musculação – e agora você já sabe porque os adeptos de exercícios com peso preocupam-se tanto com esta condição.

Mas, claramente, meu propósito é falar da repercussão desses quadros na saúde da nossa coluna vertebral. Vem comigo?

A anteroversão pélvica (ou tilt pélvico) é uma condição clínica que faz parecer que o bumbum é empinado – mas alto lá, pessoal – esse problema representa um sério risco para a lombar. Que tal entendermos melhor?

A anteroversão é causada pelo deslocamento anterior da parte posterior da pelve, levando a um aumento da lordose lombar, fraqueza abdominal e dos glúteos. Em outras palavras, ao invés de “bumbum na nuca” como o pessoal gosta de dizer, esse quadro implica mais flacidez, uma vez que não ocorre hipertrofia na região para deixá-lo torneado. E mais, músculos abdominais enfraquecidos podem sobrecarregar a coluna lombar e desencadear dor.

Já a retroversão é o contrário da anteroversão. E o que isso significa? Que a parte superior da pelve desloca-se para a região posterior. O resultado é uma maior fraqueza dos músculos paravertebrais, dorsais e flexores de quadril, o que pode sobrecarregar a lombar.

“Doutor, é possível corrigir o problema?”

Sim, desde que você tenha um profissional capacitado para tal. É importante, por exemplo, que o treino envolva alongamento e fortalecimento para que a pelve fique em posição neutra.

Para quem tem anteroversão, o fortalecimento dos glúteos, posteriores de coxa e abdominais, bem como o alongamento dos flexores de quadril e paravertebrais, devem ser priorizados.

No caso da retroversão, prioriza-se o fortalecimento dos flexores de quadril e paravertebrais, além de alongamento de glúteos, posteriores de coxa e abdominais.