Idade, sexo, tabagismo, alcoolismo, peso corporal, classe social e atividades laborais são alguns dos fatores que estão associados ao surgimento da lombalgia. Por ser uma doença muitas vezes incapacitante, é extremamente importante pensarmos nas diferentes maneiras de tratarmos essa condição.

Se você me acompanha aqui no Blog e nas minhas redes sociais, já sabe que o exercício físico é benéfico e indicado para o tratamento da dor lombar crônica, e dentre eles uma prática muito recomendada é o Pilates. Devido aos benefícios que auxiliam na prevenção de lesões e no alívio de dores crônicas, o Pilates tem sido usado por fisioterapeutas como exercício de reabilitação.

Um dos fatores que aumenta a probabilidade de distúrbios que afetam a lombar e prejudicam sua estabilidade é o desequilíbrio entre a função dos músculos flexores e extensores do tronco. O fortalecimento dos extensores do tronco (quadrado lombar, multífidos, semi-espinhais, eretores da coluna e interespinhais) é um dos responsáveis pela redução dos sintomas da lombalgia, pois há melhora considerável na estabilização da coluna lombar.

É aí que entra o Pilates. No método há grande atenção para os músculos abdominais e paravertebrais, o que o torna muito interessante para recuperação da estabilização da coluna. Além disso, a atividade é eficaz para melhorar a saúde geral, pois incorpora ações que estimulam o físico e a cognição, movimentando o corpo inteiro, com atenção à respiração, concentração, controle, centramento, precisão e ritmo.

O Pilates pode sim ser recomendado para o tratamento de lombalgia inespecífica e o treinamento também leva à evolução efetiva no equilíbrio estático e dinâmico, além do fortalecimento de membros inferiores e superiores, controle central, trabalho respiratório, flexibilidade de quadril e lombar e resistência cardiovascular.

O Pilates, quando indicado para o caso e orientado por profissional especializado, tem efeitos significativamente positivos no tratamento da lombalgia.

Dr. Rafael Barreto – CRM/SP 122.568